A poesia suave de Jesus

O evangelho de Jesus é um poema à simplicidade. Não requer explicações metafísicas nem elasticidade filosófica para entendê-lo. Olhai as aves do céu; não semeiam nem ceifam, mas nosso pai celestial as alimenta. É a lição do desprendimento. Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não está apto ao reino de Deus. É a lição da perseverança. Aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra. É a lição da autoanálise. Quando fordes convidados para um banquete senta no último lugar. É a lição da humildade. Aquele que quer ser o maior que seja o que mais serve. É a lição da caridade. Vinde a mim todos vós que estás aflitos e sobrecarregados e eu vos aliviarei. É a lição do acolhimento. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. É a lição da delicadeza. Reconcilia-te com o teu inimigo enquanto estás a caminho com ele. É a lição da paz. Saiu o semeador a semear sua semente. É a lição do trabalho. Para entrar no reino do céu é necessário nascer de novo. É a lição da volta. O filho do homem veio para servir e não para ser servido. É a lição da nobreza. Seja o vosso falar sim, sim e não, não. É a lição da firmeza. Tratai a todos como gostarias de ser tratado. É a lição da justiça. Vai e não peques mais! É a lição da resistência. Lázaro, levanta-te e anda! É a lição da fé. Procure Jesus nas coisas simples; na lágrima, no afago, na alegria pura, no trabalho honesto, no gesto fraterno, no poema à vida, enfim, em tudo que eleva e ilumina. Por isso é tão difícil para a ciência e para a filosofia encontrá-lo.
(Boletim on line da Pastoral Familiar, dez 2011/jan 2012)

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